segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Ecologia Profunda (2)

Fritjof Capra

A Ecologia Profunda foi proposta pelo filósofo norueguês Arne Naess em 1973. Denominou de Ecologia Profunda por demonstrar claramente a sua distinção frente ao paradigma dominante. no Brasil, nesta mesma época, o Prof. José Lutzemberger já propunha idéias semelhantes e desencadeava o movimento ecológico brasileiro com a criação da AGAPAN (Associação Gaucha de Proteção ao Ambiente Natural).
O quadro abaixo demonstra, pelo menos em parte, as propostas de Arne Naess e as suas diferenças frente a visão de mundo predominante.




Ecologia Profunda - Harmonia com a Natureza ; Toda a Natureza tem valor intínseco ; Igualdade entre as diferentes espécies ; Objetivos materiais a serviço de objetivos maiores de
auto-realização ;
Fazendo com o necessário e reciclando.

fonte:www.ufrgs.br/bioetica/ecoprof.htm


Rumo à Ecologia Profunda Em seu mais novo livro, A Teia da Vida (Cultrix-Amana), Fritjof Capra mostra como a ecologia profunda - a concepção que não separa os homens da natureza - ganha relevância na nova visão da realidade.Por Fritjof Capra (*)
À medida que o século se aproxima do fim, as preocupações com o meio ambiente adquirem suprema importância. Quanto mais estudamos os principais problemas de nossa época, mais somos levados a perceber que eles não podem ser entendidos isoladamente. São problemas sistêmicos, o que significa que estão interligados e são interdependentes. Por exemplo, somente será possível estabilizar a população quando a pobreza for reduzida em âmbito mundial. . Em última análise, esses problemas precisam ser vistos, exatamente, como diferentes facetas de uma única crise, que é, em grande medida, uma crise de percepção. Há soluções para os principais problemas de nosso tempo, alguns delas até mesmo simples. Mas requerem uma mudança radical em nossas percepções, no nosso pensamento e nos nossos valores. Nossos líderes não só deixam de reconhecer como diferentes problemas estão inter-relacionados; eles também se recusam a reconhecer como suas assim chamadas soluções afetam as gerações futuras. A partir do ponto de vista sistêmico, as únicas soluções viáveis são as soluções "sustentáveis". Este, em resumo, é o grande desafio do nosso tempo: as chances das gerações futuras.

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